Putin: mais de 600 mil militares lutam atualmente na Ucrânia – Notícias
Em uma rara divulgação de informações sobre efetivo da guerra na Ucrânia, o presidente russo, Vladimir Putin, afirmou nesta quinta-feira (14) que seu país tem mais de 600 mil militares atuando nos combates.
“O comprimento da linha de contato [onde há tropas russas e ucranianas] é superior a 2.000 km. Há 617 mil pessoas [militares] na zona de combate”, afirmou Putin em uma entrevista coletiva anual, em Moscou.
O mandatário russo reafirmou hoje a disposição em continuar com o que ele chama de “operação militar especial” no país vizinho.
Quase dois anos após o início da ofensiva, que começou em fevereiro de 2022, ele expressou satisfação com as operações lançadas pelo exército russo desde o fim da mal-sucedida contraofensiva ucraniana.
“Quase em toda a linha de contato, nossas forças armadas estão melhorando suas posições. Quase todas estão em fase ativa”, declarou.
Putin acrescentou que “haverá paz quando alcançarmos nossos objetivos”, insistindo que a solução “será negociada ou obtida pela força”. Ele defende desde o início a desmilitarização e a “desnazificação” da Ucrânia.
O presidente não revelou as baixas em seu Exército desde o início da guerra — os EUA estimam que 315 mil soldados russos morreram ou ficaram feridos.
No front, a contraofensiva ucraniana lançada em junho fracassou, e as forças de Moscou retomaram a iniciativa, ganhando terreno nas últimas semanas.
Apenas na noite de quarta-feira, o exército russo lançou 42 drones contra o sul da Ucrânia. Kiev afirmou ter derrubado 41 deles, mas a magnitude do ataque ilustra a crescente pressão militar exercida por Moscou.
Por sua vez, o exército ucraniano lançou nove drones contra a Rússia, que afirmou ter derrubado todos.
Pressão econômica
Quanto à resistência da economia russa às sanções, o líder também se mostrou confiante.
O país possui uma “margem de segurança suficiente” devido à “forte consolidação da sociedade russa”, à “estabilidade do sistema financeiro e econômico do país” e ao “aumento das capacidades militares” de Moscou, afirmou.
Essa margem é “suficiente não apenas para sentir confiança, mas também para avançar”, acrescentou.
O presidente disse esperar um crescimento do PIB de 3,5% este ano. “Isso significa que alcançamos e demos um grande passo à frente”, afirmou.
Moscou continua a vender seus hidrocarbonetos, gerando receitas suficientes para financiar o esforço militar e concentrar a economia na produção de armas e munições.