Rio de Janeiro registra 2.000 casos de Covid-19 diariamente – Notícias



A cidade do Rio de Janeiro registrou nesta semana cerca de 2.000 casos de Covid-19 diariamente, e as internações decorrentes da doença mais que triplicaram em quatro dias. As informações foram dadas pelo secretário municipal de Saúde, Daniel Soranz, em entrevista nesta sexta-feira (11).


De acordo com ele, a cidade dispõe de 286 unidades de saúde responsáveis pelos testes diagnósticos, que chegaram a 10 mil em um único dia. A taxa de positividade, que estava em 6% na segunda semana de outubro, pulou para 29% nesta semana.


“Tivemos um aumento muito expressivo no número de casos nas duas últimas semanas. Nos dois últimos dias, identificamos quase 2.000 casos diarimente, com a realização de mais de 10 mil testes num único dia, e o índice de positividade vem subindo. Então, nesse momento, ainda não temos nenhum aumento de casos parecido com o que registramos no passado, mas é significativo e coloca todo o sistema em alerta.”


Segundo Soranz, a Secretaria Municipal de Saúde avalia, no momento, se há necessidade de mobilizar locais especiais para testagem, como ocorreu em janeiro com o pico da variante Ômicron do Sars-CoV-2. Na época, a cidade chegou a fazer mais de 330 mil testes em uma única semana e teve média móvel acima de 20 mil casos confirmados por dia.


“Estamos avaliando, e caso seja necessário vamos conseguir mobilizar mais pontos de testagem. A gente teve alguns locais pontuais, com aumento de fluxo de pessoas, mas na maioria desses locais eram muito poucas com sintomas respiratórios”, disse o secretário, destacando que a maioria das pessoas queria fazer o teste porque teve contato com outras pessoas contaminadas.


A recomendação da secretaria é que só procure o teste quem estiver com sintomas respiratórios. Soranz disse que não estuda voltar com a obrigatoriedade do uso de máscaras.


“A nossa recomendação é que pessoas com sintomas respiratórios utilizem máscara. E, se possível, para pessoas que tenham algum tipo de comorbidade ou ainda não se vacinaram, que também utilizem máscara”, afirmou.


Internações


Soranz ressaltou que houve aumento expressivo no número de internações por Covid-19 nos últimos quatro dias, que passou de 28 para 88 pessoas, o que reafirma o alerta feito na quinta-feira (10) pela Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz).


“O município do Rio de Janeiro notificou todo o sistema de vigilância. Temos um aumento de internações e continuamos acompanhando para verificar se esse aumento vai permanecer. Nossa principal preocupação é que a gente sabe que as pessoas que se internam, que adoecem gravemente, são aquelas que não tomaram a dose de reforço.”


Segundo os painéis da secretaria de acompanhamento do novo coronavírus, em janeiro a cidade chegou a ter mais de 350 pessoas internadas em UTIs (Unidades de Terapia Intensiva) e 540 em enfermaria, em decorrência da doença.


Vacinação


A secretaria informou que não dispõe mais de doses de CoronaVac em estoque — trata-se da única vacina autorizada para aplicação em crianças de 3 e 4 anos. Com isso, a imunização nessa faixa etária está suspensa, até que chegue uma nova remessa.


“Já acabou. Tivemos que interromper, infelizmente, a vacinação das crianças de 3 e 4 anos por falta de doses da CoronaVac. Ainda é mantida a vacinação das crianças de 5 a 11 anos com a vacina da Pfizer pediátrica, que está disponível”, explicou Soranz.


A Secretaria Estadual de Saúde informou que aguarda o envio de doses da CoronaVac pelo Ministério da Saúde aos municípios. O ministério informou que adquiriu mais 1 milhão de doses para a vacinação das crianças de 3 a 4 anos de idade, que serão enviadas aos estados assim que forem liberadas pelo INCQS (Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde).


Soranz também fez um alerta de que a cobertura vacinal para crianças de 5 a 11 anos está muito baixa — apenas 62% do público-alvo tomou as duas doses do esquema básico.


“Com essa nova onda da variante, a BQ.1, pedimos às pessoas que não levaram seus filhos de 5 a 11 anos para vacinar que procurem uma unidade de saúde. Insistimos ainda que as pessoas que não tomaram a dose de reforço procurem uma unidade para tomar.”


A primeira dose de reforço foi aplicada em 75,5% da população adulta, e apenas 35,4% procuraram os postos para receber o segundo reforço.



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