Rússia diz que teto para preço do petróleo decidido por potências não impactará ofensiva na Ucrânia – Notícias



O teto para o preço do petróleo russo decidido pelas potências ocidentais não terá impacto na ofensiva de Moscou na Ucrânia, disse o Kremlin nesta segunda-feira (5).


“A economia da Federação Russa tem todas as capacidades necessárias para responder plenamente às necessidades e requisitos da operação militar especial. Essas medidas não terão impacto”, disse o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, a repórteres.


O porta-voz se referia ao teto que a União Europeia, os países do G7 e a Austrália adotaram contra o petróleo russo para prejudicar economicamente Moscou.



O mecanismo adotado prevê que apenas o petróleo russo vendido a um preço igual ou inferior a 60 dólares o barril possa ser entregue.


O preço do barril de petróleo bruto dos Urais é negociado atualmente em torno de 65 dólares, um pouco acima do teto adotado, que deve entrar em vigor a partir desta segunda-feira.


O objetivo desta nova sanção é privar Moscou de uma parte das volumosas receitas que obtém com a venda de seus hidrocarbonetos e reduzir sua capacidade de financiar o esforço de guerra na Ucrânia.


Peskov acrescentou que essas medidas “porventura terão um impacto na estabilidade do mercado energético mundial”, e considerou que são “um passo para a sua desestabilização”.


Como ele também disse, Moscou já está “preparando” represálias por esse limite no preço de seu petróleo.


A ativação do limite coincide com a entrada em vigor, nesta segunda-feira, do embargo da UE à importação de petróleo russo por via marítima.


O Kremlin alertou que não entregará mais petróleo aos países que adotarem o mecanismo de teto de preços, posição reiterada no domingo pelo vice-primeiro-ministro de Energia, Alexander Novak.



Novak, citado pelas agências russas, afirmou que o seu país trabalha em “mecanismos” para “proibir a utilização” da ferramenta de limitação de preços.


“Uma interferência semelhante só pode causar uma maior desestabilização do mercado, e uma escassez de recursos energéticos”, argumentou o dirigente.




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