Safra recorde e queda do dólar devem reduzir preço dos alimentos



O vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, afirmou nesta sexta-feira (24), em São Paulo, que a safra recorde prevista para este ano, aliada à queda do dólar, deve contribuir para a redução nos preços dos alimentos.

A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) projeta um aumento de cerca de 8,2% na safra de grãos deste ano. Caso a previsão se confirme, será um recorde na série histórica de produção. Além disso, o dólar, que iniciou o ano cotado acima de R$ 6,20, registrou queda e está atualmente em R$ 5,88.

“Uma boa notícia é a safra agrícola. Os estudos mostram que o clima este ano deve ser positivo. Ano passado, nós tivemos uma seca muito intensa. Com um clima bom, há uma expectativa de que a safra agrícola deve crescer 8% a mais, uma safra recorde. Isso ajuda a reduzir o preço. A outra é o dólar, porque você tem fertilizante, combustível, equipamento, muita coisa que é contaminada pelo dólar. Então, com a redução do dólar, também vai ajudar”, destacou Alckmin.

Além do impacto da safra e da valorização do real frente ao dólar, Alckmin mencionou outras iniciativas que devem contribuir para conter os preços dos alimentos, como a reforma tributária e o fortalecimento do estoque regulador da Conab.

“O estoque regulador é quando eu tenho uma grande safra e se guarda um pouco, para quando faltar existir um estoque. Isso regula um pouco, evita grandes oscilações de preço. Tem outros estudos que o governo está fazendo, vamos aguardar, mas a iniciativa é positiva. E a boa notícia é a reforma tributária, que vai desonerar a cesta básica, inclusive a proteína animal”, explicou.

Encontro com sindicalistas

O vice-presidente participou de um encontro com sindicalistas na sede da União Geral dos Trabalhadores (UGT), em São Paulo, para discutir estratégias do governo federal e políticas públicas voltadas ao desenvolvimento econômico e à geração de empregos. O evento teve como tema Perspectiva da Economia e do Emprego em 2025.

“O presidente Lula, corretamente, está preocupado em reduzir o preço, evitar aumento de preço grande de alimentos”, afirmou Alckmin.



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