SC anuncia investimento de R$ 223 milhões em energia para o setor produtivo
Aguiar afirmou que o plano destrava investimentos que estavam retidos há anos
O governo estadual anunciou nesta terça-feira (20) um investimento de R$ 223 milhões em obras que vão ampliar o fornecimento de energia elétrica para o setor produtivo de Santa Catarina. O Plano de Desenvolvimento Energético para a Indústria Catarinense prevê novas subestações, linhas de transmissão e redes de distribuição que atendem indústrias de diversas regiões. O presidente da Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc), Mario Cezar de Aguiar, afirmou que o plano destrava investimentos que estavam retidos há anos. “A indústria catarinense reinveste aqui os seus resultados. Então é muito importante que se tenha uma política de manutenção da nossa indústria aqui, como se faz agora, com a melhoria da infraestrutura”, afirmou.
A partir da melhoria na infraestrutura energética, as indústrias contempladas vão investir cerca de R$ 1,5 bilhão, ampliando seus negócios e gerando 9,5 mil empregos diretos e indiretos em todo o estado. Cálculos indicam que a combinação desses investimentos públicos e privados irá gerar um aumento anual de R$ 160 milhões na arrecadação de ICMS. O aporte na infraestrutura será feito ao longo de 30 meses e dividido entre o governo estadual, com R$ 174 milhões, e a Celesc, que entrará com R$ 49 milhões. O secretário da Fazenda, e ex-presidente da Celesc, Cleverson Siewert, afirmou que o plano atende indústrias que têm projetos de expansão com demandas energéticas específicas, que exigem solução diferenciada.
São elas: Águas Negras (Ituporanga), Metalúrgica Riosulense (Rio do Sul), Pamplona Alimentos (projetos em Presidente Getúlio e em Rio do Sul), Docol (Joinville), Ciser (Araquari), Tuper (São Bento do Sul), Cejatel (Jaguaruna), Bragagnolo Papel e Embalagens (Faxinal dos Guedes), Tirol (Treze Tílias), Baterias Pioneiro (Treze Tílias) e Chlorum (Palmeira). Além dos empregos e da arrecadação, a Celesc destaca outro efeito esperado. “O benefício não é só para aquela indústria que vai fazer o investimento. Todo o seu entorno, que operava no limite, também será beneficiado pelo aumento da capacidade nas regiões “, enfatizou Tarcísio Estefano Rosa, presidente da Celesc.