SC passa a ter sede do Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças


O evento, na Academia Fiesc de Negócios, reuniu ainda o secretário de estado da Fazenda, Cleverson Siewert, e outros especialistas em finanças

O novo arcabouço fiscal, mecanismo de controle do endividamento que substitui o teto de gastos, é um importante avanço na economia brasileira, avalia o economista-chefe da Warren Brasil, Felipe Scudeler Salto, que participou na quinta-feira (31) do lançamento da seccional Santa Catarina do Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças (IBEF). O evento, na Academia Fiesc de Negócios, reuniu ainda o secretário de estado da Fazenda, Cleverson Siewert, e outros especialistas em finanças. A seccional catarinense do IBEF será liderada por Reinaldo Coelho, gestor de fundos de investimentos da Triaxis Capital.

A lei complementar do arcabouço fiscal entrou em vigência na quinta-feira (31), após publicação no Diário Oficial. “O arcabouço fiscal foi a grande vitória do governo no primeiro semestre. No entanto, o congresso quer sempre elevar a despesa e discute nesse momento aumentar a meta de resultado primário. Mal nasceu o arcabouço fiscal, já há quem afirme que o país não alcançará a meta e, portanto, é necessário modificá-la para aumentar os gastos”, comenta Salto, observando que há disposição do ministério da fazenda para buscar o equilíbrio fiscal. Salto criticou ainda a proposta da reforma tributária (PEC 45) que, de acordo com o economista, ainda tem várias questões em aberto. “A primeira é a transição, a gente só vai ter alíquota reduzida a partir de 2029, 10% ao ano nos quatro anos seguintes. Isso significa que em dezembro de 2032, as alíquotas estaduais vão representar 60% de 7 e 70% de 12. Portanto ainda haverá uma tributação gigantesca na origem e os incentivos continuarão sendo concedidos e a guerra fiscal não vai acabar”, explicou.

O secretário Cleverson Siewert fez um diagnóstico das contas estaduais e das medidas colocadas em prática a partir do Plano de Ajuste Fiscal de Santa Catarina (Pafisc). “A lógica fiscal tem muito a ver com a tributária. Em Santa Catarina, olhamos as contas públicas nos últimos dez anos para enxergar de forma mais ampla. Afinal, é um negócio com R$ 60 bilhões de faturamento que cuida de 7,5 milhões de pessoas. Estamos trabalhando para a criação de um teto de gastos para o estado”, enfatizou.

Executivos na era digital
Danielle Ene, diretora regional da Gartner, mostrou pesquisa que aponta que quatro em cada cinco CEOs planejam aumentar investimentos em capacidades digitais e 67% querem mais tecnologia nas áreas de negócios, descentralizada da TI. Já entre os executivos de finanças, para 67% os gastos digitais estão abaixo das expectativas. “Os conselhos de administração estão mais dispostos a correr riscos de olho no crescimento do negócio, por isso é importante compreender o nível de maturidade digital da organização. Mais do que isso, a Gartner sugere ferramentas para organizar a adoção de tecnologias conectadas a estratégia e à ambição digital da companhia”, frisa Danielle, lembrando que as organizações que querem estratégias altamente digitais precisam conhecer a fundo seu orçamento.

Ainda sobre a digitalização da gestão financeira, Luciana Medeiros, da PwC, apresentou o levantamento “O que é importante para os CFOs em 2023”, que mostra que 47% dos 500 executivos ouvidos dizem que sua principal prioridade é criar modelos preditivos e recursos de análise de cenários e para 73% a digitalização da função financeira é classificada como alta prioridade. Em 2022, 68% dos CFOs disseram estar confiantes em poder alcançar metas de crescimento de curto prazo e 53% afirmam que planejavam acelerar a transformação digital usando análise de dados, inteligência artificial (IA), automação e soluções em nuvem.



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