Sebastião Coelho se manifesta sobre investigação do CNJ


O desembargador aposentado Sebastião Coelho, que atua na defesa de um réu do 8 de Janeiro, afirmou, nesta quarta-feira, 13, que o corregedor Luís Felipe Salomão, do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), tentou intimidá-lo, ao abrir uma investigação para apurar a conduta do agora ex-magistrado.

CPMI 8 janeiro
Manifestantes sobem a rampa do Congresso Nacional para protestar contra o governo Lula – 08/01/2023 | Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

“Mas não intimida”, ponderou Coelho, durante julgamento no STF, no qual apresentou a defesa de seu cliente preso nas manifestações no início do ano. “Não tenho nada a esconder. Não me intimido com nada. Sou idoso. Tenho 68 anos e problemas de saúde. Posso morrer a qualquer momento. Não tenho tempo para ter medo de nada.”

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Investigação contra Sebastião Coelho

O CNJ abriu uma investigação contra Coelho, na manhã de hoje, e determinou ainda a quebra do sigilo bancário de Coelho, entre 1º de agosto de 2022 e 8 de janeiro de 2023.

Salomão quer saber se Coelho financiou as manifestações na Praça dos Três Poderes. Dessa forma, o desembargador aposentado tem 15 dias para apresentar sua defesa.

Argumentação contra o ex-magistrado

A apuração sobre a conduta do magistrado aposentado partiu de comentários feitos por ele enquanto atuava no Tribunal Regional Eleitoral do Distrito Federal (TRE-DF) e, depois da aposentadoria, por declarações e participação em eventos no acampamento em frente ao Quartel-General do Exército, em Brasília.

Na decisão contra Coelho, Salomão cita fala do ex-desembargador na sessão na qual anunciou sua renúncia ao cargo no TRE-DF, em 19 de agosto do ano passado. À ocasião, Coelho disse que não estava “feliz” com o STF e afirmou que o ministro Alexandre de Moraes “fez uma declaração de guerra ao país”.

Leia também: “O STF e a liberação das drogas”, reportagem publicada na Edição 181 da Revista Oeste



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