Setor de serviços recua 1,6% em abril por queda nos transportes



O setor de serviços teve um recuo de 1,6% em
abril na comparação com o mês anterior de acordo com dados do IBGE divulgados
na manhã desta quinta (15). A queda após um ganho de 2,1% foi influenciada pela
retração em quatro das cinco atividades apuradas pelo instituto, com destaque
para o setor de transportes, com -4,4%, que reverteu os ganhos de 7,5% entre
fevereiro e março.

Os demais recuos vieram dos serviços de
informação e comunicação (-1,0%), dos profissionais, administrativos e
complementares (-0,6%); e dos outros serviços (-1,1%).

Na comparação com o mesmo mês do ano passado, o
setor de serviços teve uma alta de 2,7%, mas com uma desaceleração ao longo de
2023 de acordo com Rodrigo Lobo, gerente da pesquisa.

“É o resultado menos intenso desde março de 2021 (4,6%), quando se iniciou essa sequência de taxas positivas. Um dos motivos é a base de comparação. Tivemos movimentos muito fortes em 2021 e 2022 e agora vêm perdendo folego”, analisou.

Lobo diz que o crescimento no período teve
relação com a pandemia da Covid-19 e a adoção do teletrabalho, dos serviços
online, transporte de cargas com o escoamento da produção agrícola, que bateu
recordes de safra, e do comércio eletrônico. Essas atividades mostraram
movimentos fortes em 2021 e 2022 e vêm apresentando crescimentos menos
intensos.

No apanhado de todos os estados e do Distrito
Federal, o volume de serviços recuou em 26 locais, principalmente em Goiás
(-5,6%), Rio de Janeiro (-5,5%) e Mato Grosso (-4,2%).

No acumulado no ano, o setor de serviços soma uma alta de 4,8%, e de 6,8% em 12 meses.



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