Sicredi segue hegemônico no Top-100 do Rio Grande do Sul
As cem maiores empresas do Rio Grande do Sul foram reveladas nesta quarta-feira (9) em evento presencial no Nau Live Spaces, em Porto Alegre
O ano de 2023 foi de altos e baixos para as cem maiores companhias gaúchas. Depois de terem catapultado as vendas em quase 19% em 2021, o exercício seguinte trouxe uma queda de 3,4% na receita líquida (R$ 346,4 bilhões). A soma dos lucros líquidos também foi menor: R$ 29,7 bilhões (retração de 5,7%) – e a soma dos prejuízos foi multiplicada por sete, para R$ 1,4 bilhão. Um consolo é que ao menos os patrimônios ganharam alguma envergadura: totalizaram R$ 174,8 bilhões, um leve aumento de 3,8%. Isso deu algum fôlego para a soma dos VPGs, o principal indicador de 500 MAIORES DO SUL, também avançar: R$ 239,5 bilhões, alta de 1,5%. As cem maiores empresas do Rio Grande do Sul foram reveladas nesta quarta-feira (9) em evento presencial no Nau Live Spaces, em Porto Alegre.
O Sicredi segue hegemônico no Top-100 do Rio Grande do Sul alçando a liderança que conquistou desde 2018. A cooperativa de crédito também exibe a maior receita líquida e o maior patrimônio líquido, indicadores responsáveis por 90% da fórmula do Valor Ponderado de Grandeza, o VPG. No retrovisor da cooperativa de crédito está o Banrisul que galgou três posições em relação ao ranking anterior. Com uma receita líquida 21,1% maior, o banco estatal gaúcho também turbinou seu VPG, fato que lhe deu a vice-liderança. A Lojas Renner avançou uma posição para o terceiro lugar trocando de lugar com a empresa da área de celulose CMPC. A Yara, gigante dos fertilizantes, caiu para o quinto lugar perdendo três posições. A receita da multinacional norueguesa despencou quase 40%. A redução do preço dos fertilizantes ao longo de 2023 foi o principal fator para a queda nas vendas. De acordo com a Yara, a insegurança gerada em virtude da guerra entre Rússia e Ucrânia e as restrições sofridas pelo mercado de fertilizantes em 2022, levaram os clientes da companhia a estocarem produtos, diminuindo a demanda em 2023.
Outras mudanças relevantes no Top-10 foram protagonizadas pela distribuidora de energia RGE Sul que ganhou uma posição pulando para o sétimo lugar trocando de lugar com a RandonCorp. Já a Três Tentos Agroindustrial chegou ao décimo lugar, subindo três degraus. Quem voltou à lista das cem maiores foi o Grupo Kepler Weber, além da Imec e da Associação Hospitalar Beneficente São Vicente de Paulo (veja os detalhes nas tabelas a seguir, que também revelam as 50 maiores receitas líquidas, os 50 maiores patrimônios líquidos e os destaques em outros indicadores de desempenho, como rentabilidade sobre receita, por exemplo). “A parceria exitosa entre o Grupo AMANHÃ e a PwC Brasil revela um acompanhamento histórico dos movimentos de diversos setores econômicos do Sul, assim como de cada um dos estados. Também temos conseguido mostrar o avanço do grau de competividade das empresas sediadas na região”, afirmou Jorge Polydoro, Publisher do Grupo AMANHÃ.
“Percebemos nesta edição da 500 MAIORES DO SUL que houve um crescimento pequeno no valor do VPG dos estados. Isso nos permite entender que o atual cenário é de linearidade. A expectativa agora é, com os acontecimentos climáticos que ocorreram no Rio Grande do Sul em maio de 2024, qual será o impacto do VPG na próxima edição da 500 MAIORES DO SUL”, afirma Rafael Biedermann, sócio da PwC Brasil.”Em nossa análise dos balanços de empresas da região Sul para a elaboração do ranking das 500 MAIORES DO SUL, pudemos perceber que o ano de 2023 foi desafiador. Em contrapartida, também possível notar que as companhias que estruturaram suas práticas de ESG, englobando governança, sustentabilidade, social e diversidade, destacaram-se e obtiveram resultados bastante positivos”, salienta Carlos Peres, sócio da PwC Brasil e líder da região Sul.
Sobre o critério de classificação das empresas – Para revelar quem é quem entre as empresas do Sul, a Revista AMANHÃ e a PwC Brasil construíram um indicador exclusivo: o Valor Ponderado de Grandeza (VPG). O índice reflete, de forma equilibrada, o tamanho e o desempenho das empresas, a partir de um cálculo que considera os três grandes números de um balanço: patrimônio líquido (que tem peso de 50% no cálculo do VPG), receita líquida (40%) e lucro líquido ou prejuízo (10%).