Stallone se reinventa como gângster que saiu do xilindró em “Tulsa King”


Como você se sentiu com o conteúdo dessa matéria?

Sylvester Stallone está de volta num seriado dramático que em nada lembra “Rambo” ou “Rocky”
Sylvester Stallone está de volta num seriado dramático que em nada lembra “Rambo” ou “Rocky”| Foto: Divulgação Paramount

O gângster
Dwight Manfredi acaba de ser libertado da prisão após 25 anos atrás das grades.
Esse retorno não é como o personagem esperava, pois nem sua filha nem seus antigos
“colegas de trabalho” parecem ter muito carinho por ele. A única chance de
redenção que lhe é oferecida é mudar-se para Tulsa, uma cidade pouco povoada de
Oklahoma que, além do petróleo e do “western swing” (um subgênero da música
country), não parece um destino com muitas atrações.

Aos 77 anos, Sylvester Stallone mais uma vez interpreta um personagem
que lhe cai como uma luva em Tulsa King,
cujos dez episódios da primeira temporada podem ser vistos no Paramount+. Após
ter se recuperado com dificuldade no papel de herói de filmes de ação em
revisões como Rambo 4 (2008), Rocky Balboa (2006) ou na trilogia Os Mercenários, neste seriado dramático
ele deu uma guinada muito inteligente em sua carreira.

Os criadores são os prolíficos Taylor Sheridan (de Yellowstone, Operação Lioness
e tantas outras séries) e Terence Winter (O
Lobo de Wall Street
, Boardwalk Empire:
O Império do Contrabando
), que demonstram habilidade e criatividade para formatar
um roteiro que tem um humor mais inteligente e contido do que nas habituais
autoparódias em que ultimamente esse tipo de ator tende a cair (vide Arnold Schwarzenegger
em FUBAR, da Netflix).

A série tem uns dois capítulos que apenas enchem linguiça e alguns
enredos excessivamente estereotipados, especialmente o romance impossível e
previsível entre a policial e o gângster. Mas também há diálogos notáveis ​​que
tornam essa ficção um entretenimento acima da média. Garrett Hedlund sai-se
muito bem com seu personagem que é dono do bar e controla a cidade mais do que
qualquer outra pessoa. Trata-se de um ator que muitas vezes sentimos que merecia
mais tempo na tela.

A direção de arte e o figurino fazem da cidade de Tulsa mais um
personagem do seriado. Rola uma verdadeira imersão nas profundezas da América, o
que cria espaço para que o tipo vivido por Stallone e sua gangue improvisada de
bandidos se divirtam bastante.

© 2023 Aceprensa. Publicado com permissão. Original em espanhol.



Source link