Streamer descobre que cabeça está ‘deformada’ após uso contínuo de fone de ouvido; entenda o caso – Notícias
O streamer conhecido como “Curtoss” teve uma surpresa, na semana passada, enquanto raspava o cabelo em uma live da Twitch: sua cabeça estava com uma “deformação” exatamente onde o fone de ouvido (headset) fica encaixado.
O criador de conteúdo estava fazendo uma transmissão ao vivo para conseguir doações à instituição de caridade Leukemia & Lymphoma Society. Quando a arrecadação atingiu a meta de mil dólares (cerca de R$ 4.911, na cotação atual), ele raspou o cabelo.
“Olha, eu tenho um recuo bem aqui, onde meu fone de ouvido vai. Eu tenho a porr* de um recuo de fone de ouvido na minha cabeça. Que merd*! Eu pensei que era apenas o meu cabelo!”, exclamou, enquanto passava a máquina nos fios.
Curtoss não foi o primeiro streamer a perceber essa alteração na cabeça. Em abril de 2021, Nick Kolcheff também notou a marca durante uma live, pouco tempo após raspar o cabelo. O mesmo aconteceu com o gamer Tyler Steinkamp, quando internautas perceberam a alteração no topo de sua cabeça em um vídeo.
Segundo Gustavo Martins, dermatologista e cirurgião dermatológico, membro da SBD (Sociedade Brasileira de Dermatologia) e da AMB (Associação Médica Brasileira), o uso prolongado de arcos, argolas e headset (produto comum àqueles que promovem transmissões online) faz uma pressão na derme, a camada intermediária da pele.
Essa camada é composta, por exemplo, de fibras de colágeno, elastina e gel coloidal, que conferem tonicidade e elasticidade à pele. Essa característica de tecido mole pode ter relação com a adaptação da região ao aparelho, porém, não é algo permanente.
“Essa pressão pode gerar uma deformação, que, em geral, é temporária”, afirma Martins.
O dermatologista adverte, no entanto, que, caso a alteração se mostre persistente (por mais de 28 dias), pode ocorrer uma fibrose (cicatriz interna, abaixo da pele) na região e um endurecimento do local, situação que deve ser avaliada e confirmada por um especialista.
De acordo com o neurocirurgião especializado em tratamento de doenças da cabeça, nervos e coluna vertebral Bruno Burjaili, quadros mais graves, como lesões intracranianas, são “pouquíssimo prováveis” de acontecer.
Portanto, de forma geral, Martins aconselha que essas pessoas que trabalham constantemente com headset façam uma adequação e adaptação no tempo de uso, para evitar uma “deformação persistente”. Uma maneira é variar o uso do produto com fones de ouvido intra-auriculares ou mudar a posição do headset na cabeça.
*Sob supervisão de Giovanna Borielo
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