Vídeos inéditos mostram destruição no prédio do STF; veja – Notícias
Uma série de imagens inéditas do ataque ao prédio do Supremo Tribunal Federal (STF) foi divulgada nesta quarta-feira (25). Em 8 de janeiro, extremistas invadiram e depredaram a sede da corte, o Palácio do Planalto e o Congresso Nacional. Nas imagens é possível ver, por exemplo, o momento em que manifestantes deixam a barreira da Polícia Militar para trás e avançam contra o edifício. Assista:
As gravações mostram o momento em que policiais militares se mobilizaram no estacionamento do STF, próximo ao túnel de pedestres que dá acesso à Câmara dos Deputados. Minutos depois, os extremistas já estavam no estacionamento do Supremo. Em seguida, agentes de segurança disparam uma série de bombas de gás contra o grupo que está mais próximo do prédio, mas os manifestantes não se intimidaram.
Em outra cena, os manifestantes derrubam as grades que cercam o prédio do Supremo e policiais respondem com mais bombas de gás. Um homem chega a pegar uma das bombas na mão e atirá-la para longe. Os vândalos continuam a avançar.
Há imagens, também, de dentro do prédio do STF. Em uma das gravações, é possível ver um homem usando uma mangueira de bombeiro para danificar a pintura “Os bandeirantes de ontem e de hoje”, de Masanori Uragami, feita em 1971. Em outra, dois manifestantes esbarram em bustos e decidem quebrá-los.
De volta ao lado de fora do STF, há, ainda, imagens de um confronto entre os manifestantes e seguranças da corte. Os profissionais estão munidos de escudos e recuam ante o ataque da multidão, que atira paus e pedras.
Vândalos presos
Dos extremistas que atacaram a Praça dos Três Poderes, 1.406 foram presos em flagrante por envolvimento nos atos de vandalismo. Na última sexta-feira (20), o ministro Alexandre de Moraes concluiu a reavaliação de todas as audiências de custódia de detidos. 942 pessoas tiveram a prisão em flagrante convertida em prisão preventiva, e 464 conseguiram liberdade provisória mediante medidas cautelares, como uso de tornozeleira eletrônica e proibição de acesso às redes sociais.
As prisões em flagrante convertidas em preventivas seguiram a garantia da ordem pública e da efetividade das investigações. Na análise dos casos, o ministro apontou evidências dos crimes de atos terroristas, inclusive preparatórios, de associação criminosa, abolição violenta do estado democrático de direito, golpe de estado, ameaça, perseguição e incitação ao crime.